24 outubro 2012

Madrugada de Outubro










Madrugada de outubro
O injusto segue seu curso
Coração injustiçado por si 
Momento infinito
Cede-lhe um ato sem clemência
Justo fez-se o sentido
Velando em verso
Criando em tese
Faiscando um adeus
Ocultando o tudo 
Sonhando o nada
Sentindo o êxtase
Sofrendo a volta
Percalços de um desígnio 
Destino em pauta
Sina sem haste
Futuro incerto
Amores infundados
Promiscuidade finda.
Crer na cilada do bem querer
Bem querer um amor que te in-tenta
Tenta sorte tenta forte
Lança te ponteia
Luz te alumia
Sente quem tenta!
Atentai um sorriso...






(*-*)


17 comentários:

D. Garcia disse...

Um sorriso sincero atenta
e intenta um deslocar de mares revoltos.
Lança luz no breu dos morros
Se é sorte, quem saberá?
Sê forte e vencerá!
Do futuro nada sei nem saberia
Sequer depende do presente
Mas que haverá chegado o dia
em que a alegria contente
estender-se-á numa corrente de paixão
Que revelará aquelas ondas daquele mar
Antes revoltoso, agora todo manso e calmo
Sob o brilho da luz infinita de um olhar

Sentido e sofrido, Catita.
Fere a quem lê feito lança afiada e inexorável.
Assim são as madrugadas quando frias.
Mas há sempre uma esperança maior por isso se diz, antes do fim,
"Atentai um sorriso"

Beijo carinhoso.
Dan.

Mateus Medina disse...

Ninguém é mais injustiçado do que quando o é por si mesmo...

bjos

Leninha Brandão disse...

Minha querida Catita,

Vim deixar-te um sorriso e encontro esta intensidade de versos.Belo, muito belo, transmitindo a força de um sentimento e de uma paixão.Poção mágica a conseguir um só intento,a magia de um sonho de amor plenamente realizado.

bjsssss,
Leninha

Anne Lieri disse...

Catita,ninguem merece uma injustiça de amor!Poesia forte,intensa e com um final de esperança nesse sorriso!bjs,

Por Amor disse...

QUE LINDO MINHA AMIGA Catita...Quanta verdade fiquei realmente como dissês extasiado ...com a beleza das suas letras ...atento sorriso ...um beijão Pedro Pugliese

Louraini Christmann - Lola disse...

Estás poderosas nesta poesia.
E me passas poder...

Valéria disse...

Oi Catia!
Lindo e doído!
No sorriso um alento para os dissabores de um amor que faz triste as madrugadas.
Beijinhos!

Daniel Costa disse...

Cátia

Que prazer ler belos momentos de poesia!
Beijos

Anônimo disse...

Rotunda y reafirmante.
Esperanzador final.
Un abrazo.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Um mundo de sentimentos neste belo poema, por vezes sentimo-nos assim.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Guaraciaba Perides disse...

São versos tristes, mas são de Amor
Disse Cecília Meireles " aprendi
com a primavera,
A deixar-me cortar e voltar sempre
inteira",
Um abraço, catita

Anônimo disse...

Catita, enfim um sorriso...
Bjs
Manoel

Sonia Schmorantz disse...

Obrigado Cátia por tua visita, li um pouco do que escreve e gostei muito, virei muitas vezes ainda.
Um abraço

Majoli disse...

Catita, que poesia marcante essa sua.
Quantas madrugadas, de janeiro a janeiro, já vivi assim...
Mas enfim, um sorriso depois veio.

Lindo viu querida?

Meu carinho pra tu.
Beijos.

Fátima disse...

Cátia, minha querida, sempre com esse sorriso marcante.
SAUDADES DE VC!
Um bj e obrigada pela sua presença.
Ando meio ausente...
mas logo voltarei,se Deus quiser.
Sempre com carinho
da
Fátima

Dalva Rodrigues disse...

Oi Catita!
Coincidência ou não alguns meses nos falam tanto...Adorei a poesia!
Obrigada pela visita e comentário no meu blog! prometo voltar com mais tempo para lhe ler mais um cadinho.
Estou tomando a liberdade de copiar a frase de Robert Louise Stevenson, que vc postou, para colocar no meu mural do face.
Foi um prazer conhecê-la!

Beijos!

JAIRCLOPES disse...

Catia,
Gostei imensamente de tua produção, não dá para dizer qual poema é melhor, parabéns.
Já que você mencionou em um comentário que gosta de poesia sobre poetas, aqui alguns Limeriques sobre poetas e suas lucubrações:

Limeriques

A poeta nas profundezas de seu ser
Vai procurar o que costuma escrever
Não sabe se é bom ou ruim
Contudo sabe que é assim
Porque não é bom certas coisas saber.

Era uma poeta sempre criativa
Cuja obra era alegre e festiva
Mas hoje murchou
Está borocochô
Não a queremos assim depressiva.

A poeta pensou que se escondia
Em plena e límpida luz do dia
Com corajoso siso
Choro, beijo e riso
Colocou no poema com maestria.

Claro, cabe ao poeta divagar
Mesmo que seja assim devagar
Poeta inconformado
É sempre esperado
Portanto, porque não espernear?

Amaldiçoado estava o poeta
Não mais cabia dizer-se esteta
Como viver sem meus versos
Neste estranho Universo?
Talvez uma existência secreta.

Leminski acode coisas pequenas.
Não se obriga a fazer poemas
Não importa se amanhece
Ou se nada acontece
O poeta maior escreve apenas.

Poeta reflete sobre trajetória
Das certezas que guarda na memória
Faz profunda introspecção
Do fundo do coração
Sobre inexorável marcha da história.